Em 2011 acabei sendo chamado a fazer parte de uma entrevista na Petrobras, para uma matéria numa revista que é lançada internamente. Aceitei de prontamente e foi muito interessante conhecer boa parte do pessoal que trabalha nesta grande empresa.
Abaixo a imagem da matéria, seguida de sua transcrição.
Matéria publicada nas Páginas 20 e 21 da Revista:
Petrobras – Notícias TIC
Notícias de quem faz a Petrobras
Edição 1 – Ano 3 – Nº 23 – Outubro de 2011 – Conteúdo Corporativo
“Quando dividir é multiplicar
Autodidata. É assim que o técnico de informática e programador de sistemas web José Felipe dos Santos Lima se define. Ele é daquelas pessoas que correm atrás de seus objetivos e – sempre – os alcança. Numa dessas maratonas, deparou-se com um curso que incrementaria seus conhecimentos e também os de outros jovens da romântica Paquetá, uma ilha no interior da Baía de Guanabara, cuja beleza inspirou José de Alencar a escrever um de seus livros mais conhecidos, “A Moreninha”.
Em 2009, Felipe foi aluno do Free BSD a Distância, um dos 57 cursos disponibilizados pelo comitê “TIC de Mão Dadas com o Social”, braço na unidade do Programa de Voluntariado da Petrobras. “O curso me ajudou a entender não só de Free BSD, mas como funciona o sistema Unix, suas peculiaridades, prós e contras”, diz.
Segundo Felipe, após o curso, ficou mais à vontade e seguro na tomada de decisões. Passou, inclusive. a utilizar outras ferramentas livres do Linux e do Unix para solucionar problemas de manutenção, reparos, recuperação e backup. O curso em questão foi idealizado e ministrado por Carlos Eduardo Gonçalves, analista de sistemas da TIC- CORP/ TIC-ED. Para Cartola, como é mais conhecido, a experiência foi muito boa. Faria de novo? “Claro que sim”, responde de maneira enfática.
O curso durou 12 semanas e teve 30 inscritos. Desses, 15 concluíram. Gratuito e a distância, o Free BSD caiu como uma luva para Felipe. Além de não pagar, não haveria os percalços com transporte para o continente.
O interesse do técnico por informática surgiu muito anos antes de ele ter seu primeiro computador, que só pôde ser comprado com os atrasados da pensão recebida pela morte de seu pai. Isso em 2003. Antes, porém, o então adolescente praticava, mesmo sem talvez conhecer, o que sociólogo italiano Domenico De Masi chamou de ócio criativo. Felipe, que estudava no Pedro II, no Centro do Rio, e tinha que esperar, às vezes por horas, uma embarcação que o levasse de volta a casa, deu um jeito de aproveitar o tempo vago para fazer cursos de informática. Custou a convencer a mãe a pagá-los. E alguns viram aquilo com estranheza. Não sabiam onde o rapaz treinaria as lições aprendidas.
Compartilhando conhecimento
Desde 2009. Felipe faz parte do Ponto de Cultura de Paquetá (pontos de cultura são entidades apoiadas pelo Ministério da Cultura para desenvolver ações sócio-culturais em comunidades). Nele, Felipe ministra aulas para outros jovens. Os cursos são disputadíssimos. Em Paquetá, eles são raros, assim como a mão de obra qualificada. Somam-se a isso, as dificuldades de acesso ao continente e a gratuidade do curso. Conclusão: em menos de dois anos, mais de 80 alunos já freqüentaram as aulas de Felipe. E a lista de espera é grande.
Foi nas reuniões com os coordenadores do Ponto que Felipe ficou sabendo das vagas abertas para os cursos no Pontão da ECO (Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro). Como sempre, não titubeou. Correu mais uma vez atrás de seu aperfeiçoamento profissional. E foi em um deles que o técnico ficou sabendo do curso oferecido pela Petrobras. “Uma das coisas que me fez querer fazer esse curso, foi saber que ele não é fácil de achar. E quando se acha, é muito caro”.
Atualmente, Felipe ensaia voos mais altos. Quer investir em programação web. ofício que diz adorar. Mas não quer deixar seus antigos e fiéis clientes na mão. Por isso, além dos cursos que ministra regularmente, ele reuniu 12 jovens para formar um grupo de estudos sobre software livre. Essas pessoas, no entanto, não estão sendo treinadas para serem seus futuros empregados. “É bom poder facilitar e oferecer as oportunidades que tive e as que nunca tive, de forma a aumentar o número de pessoas que possam ganhar conhecimento e agir. Não só como profissional, mas como cidadão, ajudando nossa sociedade”, explica.
Entre os planos do ex-aluno de Cartola, estão montar um portal para sua amada Paquetá. Nele, estarão disponíveis agenda de eventos, cursos on-line. videoaulas. um cadastro de todos os moradores da ilha e muitas outras funcionalidades. Outro projeto é se especializar na criação de sistemas para internet. voltar a estudar (ele parou em 2003, com a morte do pai) e pesquisar sobre as músicas que estiveram entre as mais tocadas nas rádios do País desde 1902. Ah! Faltou dizer, Felipe é também DJ. DJ Mib. cheio de energia, sonhos e planos – para dar, vender, compartilhar e fazer de sua bela ilha, um lugar ainda mais aprazível.
PETROBRAS
Felipe Lima: participação em oficina do ‘TIC de Mãos Dadas com o Social” fez a diferença”
Gostei muito da matéria, foi um prazer e só agora lembrei de divulgar em meu blog. Tudo tem seu tempo e momento!
Ass.: Dj Mib B-)